A história de Mosqueiro
A história da ilha de Mosqueiro, que se confunde com a da colonização da Amazônia, poderia ter sido outra quando o navegador espanhol Vicente Iañes Pinzón, em janeiro de 1500, desembarcou em uma das praias de uma aprazível ilha com ondas de água doce, ou em fevereiro de 1542 quando o explorador espanhol Francisco Orellana conclui a travessia do Rio Amazonas desde os Andes até o Oceano Atlântico, ou se ainda, Francisco Caldeira Castelo Branco em dezembro de 1615, tivesse se estabelecido na região durante o período de descoberta e desbravamento.
Historiadores apontam a presença da Companhia de Jesus em Mosqueiro no início do século XVII, onde mantinham uma tribo de índios submissos denominados de “Morobiras”. Mapa de 1680, da costa das Capitanias do Pará e do Maranhão registra, entre outras localidades, Mosqueiro e I. Morobira. Nos fins do século XVIII, planta hidrográfica da Costa, em longa relação de lugares litorâneos, assinala a Ponta do Mosqueiro entre a baía de Santo Antônio e baía do Sol.
Recorte do Mapa contido na publicação de João Lúcio D’Azevedo tratando da presença da Companhia de Jesus no Pará em comparação com a imagem capturada do Google hoje.
Sabe-se que no início do século XIX, a Vila do Mosqueiro era o lugar onde existia uma Irmandade responsável pelo culto à Virgem do Ó. Nessas e em outras situações é possível identificar a presença do colonizador em território mosqueirense, porém não se encontra o registro de alguma data correspondente à fundação de algum vilarejo ou mesmo a chegada dos colonizadores.
A ilha já foi palco de batalhas durante a revolta dos Cabanos na primeira metade do século XIX, mas foi durante o período da belle époque belenense que Mosqueiro passou a figurar como usufruto de veranistas que adquiram propriedades e construíram os famosos chalés em estilo europeu. Essa relação se intensificou com a construção da Rodovia Belém-Mosqueiro e da Ponte Sebastião de Oliveira que possibilitou o acesso de milhares de pessoas.
